Um profeta a saltar-nos dentro da barriga. Por Tiago de Oliveira Cavaco.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Demolindo a Cabana

Céus. A coisa acabou de azedar. Terminei o capítulo 5, adormeci no sofá e faço-vos o relatório. De uma história de contornos policiais passámos para um apedrejamento à velha capela da aldeia. William P. Young está ansioso em partilhar os seus ideais, algo algo que costuma arruinar livros (sem distanciamento não há criatividade, há recados). A acção despenhou-se para a inverosimilhança. Os cristãos têm uma tradição fantástica imensa (Chesterton, Tolkien, Lewis, apenas nos últimos 100 anos) mas o que aqui se iniciou é uma pressa imagética disparatada para efeitos de apelo. Um homem regressa ao local onde a sua filha foi assassinada para encontrar Deus em forma de três pessoas não-ocidentais. "Why had he naturally assumed that God would be white?", pergunta o narrador ofegante. Tenha calma homem que ainda nem a metade chegámos, apetece dizer ao arquitecto alucinado.
Que quem gosta do livro indique que ficou a pensar sobre Deus de um modo diferente só pode ser um eufemismo acerca da nossa condição teológica turística. Já estive em parques de campismo melhores que esta cabana.
Avante na leitura!

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