Um profeta a saltar-nos dentro da barriga. Por Tiago de Oliveira Cavaco.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Da má lágrima

Uma sedução perigosa para nós evangélicos, crescidos na importante ênfase do relacionamento pessoal com Deus, é confundirmos subjectividade com exibicionismo. Falarmos de nós próprios, essencial na comunidade cristã, não pode ser um passaporte para a falta de pudor. Uma liturgia em que as pessoas se apressam à confissão, ao choro e se envaidecem numa transparência oral supostamente libertadora presta um mau serviço à fé. Confunde comunhão com espectáculo.

2 comentários:

  1. Com um pouco de sorte, daqui a nada dizes-me que o culto até é endereçado a Deus, e que o seu louvor e reverência pelo Evangelho é mais importante que a experiência terapêutica da vida religiosa. Tá-se memo a ver. Tsk, tsk.

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  2. Sim. Eu acho que a fungadela é uma boa tradição baptista. A emoção a querer sair pelos poros, a lágrima rebelde a escapar-se, e nós ali a lutar porque, precisamente, o culto, por não ser nosso, deve ser reverente e ordeiro. Quem diria que fungar pode ser um óptimo compromisso para um culto feito com o coração e com a razão? :)

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