Se não formos cuidadosos, o nosso desejo de e experiência de comunidade podem subtilmente desalojar o evangelho. A comunidade Bíblica é muito, muito mais do que isto.
Escreve certeiramente Jonathan Dodson no blogue da Resurgence (do Mark Driscoll). O fascínio actual pela intimidade é tal que a nossa exposição à Bíblia e necessidade de correcção se secundarizam.
Um profeta a saltar-nos dentro da barriga. Por Tiago de Oliveira Cavaco.
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Não sei se devo ficar esperançado ou cada vez mais desalentado com a ausência de comentários em certos posts.
ResponderEliminarGostaria de pensar que, em posts como este, "quem cala consente", com todas as consequências que daí terão de advir. Mas infelizmente penso que não.
De algumas hipóteses para a razão de tal silêncio, assustadoramente, a que me parece mais realista, é ninguém percebeu nada do que se disse, o que apenas comprova, na minha opinião, o quão distraídos estamos com questões de lana caprina.
Pois, Tiago. Há demasiadas agendas eclesiásticas baseadas nessa suposição: 'Se formos muitos e popularmos a Igreja, logo temos comunhão; e o Espírito Santo faz o resto'. As mesmas agendas, acrescento, que não praticam sequer disciplina (pois grande impeço seria para a turba dominical), logo aceitam com agrado a comunhão com a 'lana caprina' e até com o pêlo lupino, while you're at it.
ResponderEliminarUm vez ouvi certo líder eclesiástico dizer: 'Mesmo os apóstatas têm lugar na Igreja. Pois o que há de mais perto de Deus e da Palavra que o estarem lá?'. A resposta é óbvia: se é dum apóstata que estamos a falar, a possibilidade de recuperação da sua fé é menos importante que a não-contaminação da fé saudável dos que lá estão.
Neste sentido, perdemos noção do que é 'comunhão' e, já agora, do que é a Igreja. A presença de Deus não é uma intimidade nem qualquer outro sentimento.
Caro Tiago,
ResponderEliminarNa minha humilde opinião, creio que as coisas podem estar ligadas, no sentido de que para mim "Intimidade" significa colocar a nossa vida diante da Bíblia e deixarmo-nos guiar por ela, sendo corrigidos, admoestados através dela.
Agora acredito que para alguns quando falam de intimidade estão à procura de sensações nunca antes descobertas.Isso sim, considero errado.
Para haver intimidade com Deus, é ser quebrado por Ele.
Não sei se me fiz compreender
Permitam-me a interjeição, mas tens razão, Jónatas. Contudo, concordas com o artigo apresentado.
ResponderEliminarA definição de idolatria é a do objecto que nos desvia a adoração de Deus ou que resume os atributos divinos do Senhor para algo aquém do que é a Sua presença real e reverente. Não é que a intimidade seja um vício, pois é até uma virtude. Aliás, somos biblicamente intimados a procurá-la, por exemplo, através da oração e da meditação (ou não é o salmo 119 o maior da Escritura também o subordinado a esse tema?). Contudo a intimidade, como todas as coisas, pode fazer-se uma pequeno bode doirado quando reduzimos a nossa caminhada com Deus à procura dela, negligenciando a integridade da vida cristã, que compreende tantos mais aspectos. É isso que o artigo trata: quebrar falsas dicotomias. Não é 'ou evangelho ou intimidade': é 'evangelho e intimidade.'
§
SOLI DEO GLORIA
Estão aqui a falar de coisas parecidas com uma coisa que li recentemente:
ResponderEliminar“A amizade e o amor não se podem desenvolver na forma de um ansioso apego; pedem espaço, sem temor, no qual possamos mover-nos do outro e para o outro. Na medida que a nossa solidão nos une na esperança de que unidos não sejamos mais sozinhos, castigamo-nos uns aos outros com os nossos desejos inalcançáveis e irreais de unidade, tranquilidade interior e comunhão ininterrupta.”
Henri Nouwen, Crescer - Os Três Movimentos da Vida Espiritual
Coisas!
Claro que concordo. Estava apenas a explicar a minha ideia e que está em consonância com a do artigo.
ResponderEliminarE salientar que a intimidade em si, não é má, quando bom entendida.