Um profeta a saltar-nos dentro da barriga. Por Tiago de Oliveira Cavaco.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Louvores

Também recuperámos os hinos, isto é, o cântico congregacional. Porquê? Porque foram escritos debaixo de uma unção particular e única, que ainda hoje provoca um impacte profundo no povo de Deus, e porque a sua mensagem é sólida e consistente, ao contrário da chamada música praise, demasiado reduzida a sentimentos e experiências pessoais do momento. Cantamo-los, com conta, peso e medida, acompanhados apenas por um piano, para que se ouça a voz da assistência a louvar a Deus.

Escreve isto Brissos Lino, Pastor da Igreja Jubileu em Setúbal. Pentecostal. Sinal que nem todos dormem. Que os Baptistas aprendam.

7 comentários:

  1. igeja que canta hinos ( marioritariamente) não têm "clientes"...

    gostei dos 30 minutos da rtp....tive o prazer de dizer..

    - ele é da minha igreja...

    bom trabalho...irmão em cristo

    ResponderEliminar
  2. Bem, há que dizer que não concordo com a quase sacralização algo explícita dos hinos em contraposição à música praise. A generalização de um e de outro é, a meu ver, precipitada. E essa do "acompanhados apenas por um piano, para que se ouça a voz da assistência a louvar a Deus."... Para quem ouvir? Enfim. Se realmente quiserem ouvir a assistência a cantar, então venha o piano. Já se quiserem ter músicas com conteúdos "certos" analisem cada música, independentemente das caixas.
    Tiago Martins

    ResponderEliminar
  3. Para ser franco, Tiago, ninguém está a sacralizar nada. Não sei onde leste isso aqui ou nos comentários do pastor Brissos. Por outro lado, quando se põe em questão o monopólio da música hillsonguiana na igreja vemos muitas vezes uma reacção dogmática por parte dos que defendem a sua exclusividade prática.

    Os hinos são históricos e têm o testemunho dos santos da igreja ao longo das eras. Muitos deles têm grande profundidade teológica, excelentes paráfrases bíblicas, e mostram musicalmente aquela reverência e magnificidade que Deus merece. Mais ainda, penso que há maior senso de comunidade escutando distintamente as vozes da congregação, e disfrutando do uníssono dos louvores.

    Digo-te que, na qualidade de alguém que antes era membro duma igreja centrada na música praise, que foi uma surpresa deliciosa passar dum ambiente de concerto para um em que se percebe que estás numa casa de oração a cantar com irmãos na fé. E isto significou muito para mim.

    Fica a observação.

    Deus te abençoe.

    ResponderEliminar
  4. Eu acho que nem oito nem oitenta. Sou confesso admirador de "algum" louvor praise, até porque isso teve um peso importante, não na minha conversão, mas no momento de me interessar mais pelas questões de Deus. Quando o meu desinteresse era total, foi isso, exactamente por eu gostar de música, que me amoleceu o coração. Foi com louvor "rico" na minha igreja e no 1º acampamento que participei.
    Mas já lá vão uns anos e com maturidade espiritual aprendi a gostar também de hinos. Muito até. Alguns MUITO MESMO. Acho que o problema não está no tipo de música, está sim na ênfase que cada um dá ao conteúdo da mesma. E tanto uma música praise pode ser tocada e cantada da maneira mais harmoniosa do mundo, como um hino tradicional pode levar algum "punch" que agrade ao pessoal jovem. E acho que, como dizia no início, nem oito nem oitenta. Um acto de culto pode perfeitamente combinar "praise" com hinos tradicionais. É, aliás, isso que acontece geralmente na minha igreja. E por vezes os hinos são tocados pelo grupo de louvor, e outras vezes é organista que o faz "à antiga".

    Mas subscrevo na íntegra as palavras do Pr. Brissos, ainda assim.

    ResponderEliminar
  5. Nuno, digamos assim: Quando falei em sacralização, o sentido proposto é o de "separação" dos hinos face à restante música de igreja expressa neste texto...
    Conheço uma séries de hinos com qualidade, qualidade essa manifesta noutras abordagens. O que me preocupa é que exaltemos um modo de fazer as coisas face aos outros. Cada forma tem o seu lugar. Compreendo a tua experiência (ainda bem que boa). Mas peço que compreendas outras, como a do Luís, por exemplo.
    Muito honestamente, estas distinções dizem-me muito pouco. Aproveitemos o que é bom, melhoremos o que pode ser melhorado e sujeitemo-nos ao Espírito.

    Abraço

    ResponderEliminar
  6. Nada de oposto ao que disseste intentei dizer com o que afirmas.
    Foi uma boa partilha.

    Abraço.

    ResponderEliminar